sábado, 28 de junho de 2008

A Cultura pesa...

Pois é, gente. A Cultura pesa no bolso e nos ombros. Pelo menos foi esta a nossa constatação na manhã do último sábado, 21 de junho, diante de mais um encontro do projeto. É que enfim compramos as duas primeiras estantes oficialmente nossas!!! Êba. Bem, apesar do desconto do marceneiro, pesou no bolso. Como diria um conhecido nosso, ser voluntário significa alguns reais a menos na conta todo mês. Fazemos o possível e, às vezes, o impossível, para mantermos o projeto com o carinho e a qualidade que acreditamos merecer. Desde que saímos da Pró gente, os livros ficaram guardados em maravilhosas caixas de papelão de uma conhecida marca de cosméticos. Os caras capricham no papelão e no perfume (hehehe). Mas desde a semana passada, nossa sala no Centro Comunitário da Criança ganhou duas estantes de madeira de demolição. E é aí que a cultura também pesa. Pesou nos ombros do Tino e do Célio que buscaram nossos objetos do desejo na marcenaria, colocaram no carro, transportaram até a sede do projeto e desembarcaram-nas na sala de leitura. Ufa!!! Eu e Edna cansamos só de ver aquela ação. Enquanto isso...
... as crianças recebiam com alegria exuberante uma penca de livros que a Mariana Massarani doou para o projeto. O colorido contagiante de suas ilustrações e as histórias sempre maravilhosas que elas contam não paravam nos olhos dos nossos meninos e meninas. Foram todos para as tocas dos pequenos roedores. Valeu, Mariana. Muito obrigada!!! Quando quiser e puder, dê uma volta por aqui. A turma aguarda a sua visita.
Eu aproveitei a deixa e li para as crianças O CASO DAS BANANAS. Foi um furdunço. Todo mundo ligado nos links que ligavam uma página à outra, tanto na rima do texto do Milton Celio quanto na dica que a Mariana Massarani deixava em suas ilustrações. Fiquei cercada de meninos curiosos. Nota 10 para o livro. Fez cócegas na imaginação dos Roedores de Livros. Por fim, tive que atender à Edna (foto abaixo), estudante universitária que veio conhecer o projeto e nos entrevistar para um trabalho da faculdade.
Depois de ver nossos machos roedores esbaforidos, limpamos os livros e ocupamos as estantes com o que temos de mais precioso: livros. Foi mais um sonho realizado. Queremos mais. Mais livros e a possibilidade de abrirmos a biblioteca durante a semana com atividades para as crianças das escolas da redondeza e seus familiares. Por enquanto, os livros encontram a fantasia das crianças do projeto e do Centro Comunitário da Criança. Enfim, a Cultura pesa, mas temos ombros largos e uma força maior que músculos: a solidariedade e o amor pelas crianças. Este foi um sábado ainda mais feliz. Voltamos para casa com um sorriso estampado no rosto, ordendo as orelhas. Hatuna Matata!!!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Palavras, batatas, ilustrações e coca zero.

Nas poucas vezes que consigo escapar das asas de Brasília e pousar noutra cidade dedico um tempo para visitar os sebos. ADORO SEBOS. Sou capaz de passar um dia inteiro entre pilhas de livros, traças e troças. Não foi diferente na viagem que fizemos ao Rio de Janeiro em maio último. O centro da Cidade Maravilhosa (na região próxima ao Real Gabinete Português de Leitura) é um paraíso para quem deseja se perder nos sebos. Registrei por aqui a deliciosa incursão num sebo do Flamengo em 2007. Este ano, o destaque ficou por conta do magistral achado que fiz na Academia do Saber. O tesouro chama-se O Livro para Crianças no Brasil. Publicado pela Câmara Brasileira do Livros em 1994 (!!!) serviu de portifólio para a 46ª Feira do Livro de Frankfurt (que naquela ocasião homenageava o Brasil). Tem um formato (30cm x 23cm) e conteúdo que enchem os olhos de qualquer apaixonado por Literatura Infantil. Exibe uma capa dura com o título em relevo, coberta por uma sobrecapa com um recorte de ilustração do Cântico dos Cânticos de Ângela Lago e com outra ilustração de Eliardo França. Mas o forte ainda é o conteúdo.
Com a organização de Elizabeth Serra, Luiz Raul Machado e Claudia de Miranda, a edição é trilíngue (inglês, alemão e português) e exibe 130 páginas com textos de Laura Sandroni, Nelly Novaes Coelho, Maria Antonieta Cunha, Edmir Perrotti, Ezequiel Teodoro da Silva. Depois dessa viagem na história da nossa literatura, entram os personagens principais: 36 escritores e 24 ilustradores são reverenciados nas páginas seguintes. Uma página para cada, e duas obras citadas de cada homenageado com imagens da primeira edição de clássicos da nossa literatura, muitos, esgotados nas editoras. Há ainda uma reverência justa à obra de Monteiro Lobato. No final, outra preciosidade: nomes e endereços desta seleção de autores e ilustradores. São justamente homenageados todos aqueles que você certamente lembra agora e alguns que eu - reconhecidamente - ignorava até então e, por causa do livro, passei a conhecer como Lino de Albergaria, Eliane Ganem e Werner Zotz. Lembro que este livro foi publicado em 1994 e talentos mais recentes não aparecem. Mas dá para se lambuzar com tanta informação útil tratada com extremo carinho. Imagino que a produção deve ter se exaurido num esforço hercúleo para chegar ao produto final.
Eu nem acreditei quando o livros saltou aos meus olhos no meio de um punhado de gibis na sobeloja da Academia do Saber. Naquela hora, pareceu agradecer por ter encontrado tão apaixonado leitor. Ah, ele ainda não conhecia a Ana Paula. Os dois se apaixonaram no primeiro encontro, horas depois. Este livro é um verdadeiro e imprescindível suporte à memória da nossa Literatura Infantil, assim como o Dicionário Crítico da Literatura Infantil e Juvenil Brasileira. Deveria sofrer uma atualização pelo menos a cada década e servir de suporte para que os mais jovens pudessem ter a curiosidade em descobrir tantos bons livros nos sebos deste Brasil. Para isso, contamos com o excelente site Estante Virtual.
Coroei aquela descoberta com um almoço delicioso nas proximidades da rua do ouvidor. Foi difícil almoçar pois o livro não saía da mesa. Enfim, degustei palavras, batatas, ilustrações e coca zero. Inesquecível. A estante dos Roedores de Livros ganhou mais um morador ilustre. Hatuna Matata.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Programa Leitura em Debate

No final da tarde de 29 de maio, uma quinta feira, no Auditório Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, assisti a um encontro ímpar e de muita valia para os que, como eu, têm um vínculo com a Literatura Infantil e Juvenil. Foi a estréia do programa Leitura em Debate: a Literatura Infantil e Juvenil que apresentará 08 edições com periodicidade mensal até dezembro de 2008 sempre com a curadoria e mediação de Anna Claudia Ramos (Veja a programação completa no flyer abaixo).

Naquela ocasião o tema debatido foi “Discutindo a qualidade na Literatura Infantil e Juvenil” e contou com as palestrantes Emília Galego (Cuba), Elizabeth Serra (Brasil) e Silvia Castrillón (Colômbia) todas representantes do IBBY em seus países e com um histórico invejável de atividades em prol da Leitura.

Planejado para as 16h00, começou com um pequeno atraso, coisas da estréia. Mas tudo estava impecável: desde a seleção dos palestrantes até a estrutura do auditório que ofereceu aos simples mortais (eu incluso) um sistema de tradução simultânea. O que destoou do conjunto foi o pequeno público presente (cerca de 20 pessoas), mas justifica-se pela concorrência com o Salão FNLIJ do Livro que acontecia ali próximo. Espera-se que os próximos encontros – com temática igualmente interessante – atraia um público maior.
Anna Cláudia Ramos abriu a palestra falando sobre a importância da criação daquele programa, do aval da Fundação Biblioteca Nacional e do time de convidados selecionados para aquela estréia. Depois, passou a palavra para Elisabeth Serra que lembrou prontamente que há cerca de 10 anos não se falava (ou questionava) a qualidade em educação. Discorreu sobre a importância do IBBY (que com quase 60 anos de fundação está presente em 70 países) no empenho em promover a qualidade nos livros e na Leitura para crianças e jovens. Explicou que, com a criação da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) e a conseqüente parceria com o IBBY, começou a mudar a qualidade nos livros brasileiros para crianças e jovens. Mudanças que começaram pra valer nos anos 70 com o início das premiações da FNLIJ e a criação do selo Altamente Recomendável que forçou às editoras a terem um cuidado maior nas traduções de livros importados e a oferecerem uma produção mais caprichada dos livros para crianças. Falou de uma evolução que se deu em três momentos: primero, nos anos 80 com o que chamou de BOOM do TEXTO (a consolidação do trabalho de grandes autores com Ruth Rocha e Ana Maria Machado); em segundo lugar, o BOOM da ILUSTRAÇÃO nos anos 90 (Roger Mello ,Mariana Massarani, Graça Lima, etc) e, finalmente, nesta década, o BOOM do PROJETO GRÁFICO. Completou o raciocínio, junto com Anna Cláudia Ramos, sugerindo que está chegando de renovar o ciclo voltando a atenção novamente para o texto (que anda meio esquecido por estas bandas).

Depois, falou a Emília Galego – que eu não conhecia e que fiquei fã. Ela falou sobre o conceito de MERCADO (oferta e demanda) pedindo a atenção do nosso olhar para a entrada das editoras internacionais no mercado latino americano (notadamente, no Brasil, a compra da Editora Moderna, Salamandra e Objetiva pela Santillana e a entrada da Edições SM com um forte trabalho de divulgação). Em resumo, ela afirma a lógica capitalista de que o livro que mais se publica é o mais vendido e vice versa e que tudo isso nem sempre tem a ver com qualidade. Um ciclo vicioso que mina as atividades das editoras de pequeno porte e conseqüentemente faz com que a literatura infantil entre no mundo da globalização. As idéias mais originais correm o risco de se perderem em meio a publicação e venda dos blockbusters internacionais. Eu, que estou timidamente escrevendo algumas idéias, me senti intimidado diante de tanta realidade. Silvia Castrillón falou da dura realidade das bibliotecas do seu país e comentou acerca das observações de Emília e Elisabeth que, por fim, se mostrou em busca de um texto contestador. Disse que encontra pouco texto com um “quê” de original e reclamou que há muito livro politicamente correto na Literatura Infantil. Suas últimas palavras naquela tarde ecoaram no auditório da Biblioteca Nacional: “É muito importante que todos percebam que os livros de qualidade não vão fazer a revolução. O caminho é muito mais longo. A grande missão que devemos abraçar é a de levar os livros a todas as classes pois todos têm direito a Arte”. Assim seja!

Nesta quinta, 26 de junho, as 16h00 acontece o segundo encontro do programa debatendo sobre “Os programas de incentivo à leitura do Brasil”. Participam da mesa, além de Anna Claudia Ramos, Eliane Pszczol, José Castilho Marques Neto e Célia Regina Delácio Fernandes. O encontro também acontece no Auditório Machado de Assis e a Biblioteca Nacional informa que haverá transmissão simultânea para todo o Brasil via internet através do site do Instituto Embratel. Vale a pena acessar.

domingo, 22 de junho de 2008

Comida, Diversão e arte.

Durante o ano de 2007 nosso projeto, Roedores de Livros, aconteceu nas dependências da OnG Pró Gente, na Ceilândia. O local oferecia uma excelente infra-estrutura, mas os coordenadores – pressionados pelos custos de manutenção e a falta de apoio – tiveram que vender o local. O comprador foi o IESB, uma instituição de ensino superior que, com isso, ampliava a sua área de atuação, abraçando uma fatia da população que também necessita de oportunidades no campo do terceiro grau e – principalmente - no de cursos profissionalizantes. Ficamos à deriva até março quando mudamos de mala, cuia e livros para o Centro Comunitário da Criança onde acontecemos desde então com empenho, competência e muitas histórias pra contar. No penúltimo sábado, 14 de junho, fomos convidados a um encontro na antiga sede da Pró Gente. O IESB oferecia uma manhã de pura diversão para as crianças da redondeza e depois, um almoço com “líderes comunitários” para esclarecerem suas ações e possíveis parcerias. Ah, e um lanchinho supimpa, também. Não deu para concorrer.

As crianças – mostrando um caráter de “fidelidade à leitura” como diria a Edna – apareceram para informar que não ficariam para o projeto, pois foram convidadas para um evento. Ah... e levaram quatro convites para nós. Foi uma demonstração de carinho e respeito emocionante e inesperada.

Enquanto a turma se divertia com as brincadeiras dos estudantes de turismo do IESB, alunos da disciplina ANIMAÇÃO E LAZER, nós aproveitávamos a “folga” e assistíamos a tudo curiosos com o que viria a partir dali. No almoço, os responsáveis pela instituição falaram sobre o que pretendem desenvolver no local a curto, médio e longo prazo. Parece que a comunidade ganha um novo parceiro. Esperamos que sim. Esperamos ainda que as ações ultrapassem os muros da diversão pura. Ela por si já é muito bem vinda. Mas “nossas” crianças precisam de comida, diversão e arte. Quem estiver disposto a somar será sempre bem vindo. Hatuna Matata.

A seguir, um resumo daquele sábado nas palavras da roedora Edna Freitass.

Fidelidade à leitura.

Foi gratificante chegar ao Centro Comunitário da Criança no último
sábado, 14 de junho. Sabíamos que nossas crianças foram convidadas a participar de um evento na antiga Pró-Gente, hoje, IESB. Dessa forma, já esperávamos que poucas crianças aparecessem no projeto. Agradável surpresa! Numa demonstração de compromisso e fidelidade às nossas manhãs de leituras prazerosas, antes de seguirem para o IESB, foram até o Centro Comunitário nos dizer que iriam participar daquela manhã e das brincadeiras que aconteceriam por lá. Valeu, crianças! Com este gesto, nossas crianças nos brindaram com mais um sinal de que vale a pena sairmos todos os sábados de nossas casas e viajarmos até a Ceilândia para, simplesmente, na companhia dessas crianças, descobrirmos, juntos, o prazer de ler.
Fomos todos ao evento. Foi maravilhoso ver "nossas" crianças, anonimamente, animando a festa dos novos moradores (iesB e equipe) da Ceilândia. Que o IESB seja mais um agente formador de novos leitores. Nós, os Roedores, seguimos fazendo a nossa parte.

P.S. Enquanto a turma se divertia, eu, Célio, Edna, Tino e Hilariana (foto acima) assistíamos a tudo e planejávamos ações futuras.

P.S.2. Para saber o que o IESB achou do encontro, clique aqui.

sábado, 21 de junho de 2008

Mil novecentos e lá vai pedrinha...

Foi na quarta passada, numa livraria da cidade. Entre tantos livros pescados na estante descobri este dinossauro vivo!!! Gente, eu fui alfabetizado em mil novecentos e lá vai pedrinha por este livro no interior do Piauí. Outras duas pessoas que estavam comigo nesta redescoberta disseram que em Minas e Pernambuco também aprenderam com Caminho Suave de Branca Alves de Lima. Fiquei surpreso mas, embora meu tino jornalístico me impelisse a romper a película que envolvia a obra, preferi que ela ficasse lacrada. Talvez minha memória pifasse com tantas recordações. Quase 30 anos depois este livro estava perdido na seção de literatura infantil. Uma viagem no tempo. Êita. Bufo!!! Aff.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Iguaizinhas, parecidas, diferentes.

Ana Terra é uma menina curiosa. E há muito aprendi que sem o motor da curiosidade não teríamos chegado à lua, criado a lâmpada elétrica incandescente nem descoberto que no interior de um coco verde há um líquido delicioso, refrescante e nutritivo. Numa visita recente a Brasília, a escritora e ilustradora gaúcha separou um tempo para um passeio diferente, fruto da sua curiosidade. Além do Congresso Nacional, da Torre de TV e da Ponte JK, ela queria visitar papelarias. Buscava por papéis com texturas e imagens diferentes para suas colagens. Descobrimos uma lojinha de produtos japoneses no final da Asa Sul e foi difícil escolher o que levar entre tantos e belos achados. Passou um tempinho e dia desses fomos premiados com o novo fruto da curiosidade de Ana Terra: o livro Sai pra lá (Texto e ilustrações de Ana Terra, Larousse) que surpreende nas ilustrações, no projeto gráfico e, é claro, na história.

Branca, Albina, Neve e Clara são ovelhas e amigas que se vangloriam da bela lã que cobre seus corpos. Parecem iguais. Lindas. Um dia Clara desaparece. Quando volta, tosada, rosada e magrela, é excluída do grupo com um suntuoso “sai pra lá”, pois agora não pertence à classe das mais bonitas. A solidão de Clara dura até que suas amigas também perdem a preciosa lã. Antes iguais, agora parecidas, as ovelhas percebem suas diferenças. Uma tem uma mancha na pele, outra tem as pernas finas, uma terceira usa roupa de baixo e a última canta como ninguém. Enfim, amigas novamente, apesar das diferenças. Simples assim. Simples? Olha, não é bem assim.
Escrever para os pequenos sem parecer bobo não é fácil. Em Sai pra lá, Ana Terra valoriza a inteligência do pequeno leitor e desenvolve o enredo em frases curtas, enxutas, cadenciadas e com um humor que dialoga com as ilustrações. Ah, as ilustrações. A moça que dorme ouvindo as estrelas pegou tinta acrílica, papéis, tecidos, fotografias, selos, linhas, rendas bateu tudo no liquidificador da sua imaginação e serviu 32 páginas saborosas para olhos de todas as idades. De primeira, eu fiquei fã das ovelhas vestidas de linha. As personagens andam de patins, jogam xadrez, fazem piquenique. Há sempre uma sutileza a observar. Lá pelas tantas, um gato está sob a mira do olhar desconfiado de dois pássaros... Por que será?
O projeto gráfico apresenta dois momentos em que o livro também vira brinquedo. O leitor precisa sair da rotina posicionando-o de um jeito diferente. No final, Ana Terra brinca com os outros bichos que passeiam pela história. A gente se diverte mais um pouco, como naqueles filmes em que o diretor coloca imagens extras enquanto passam os créditos.
As ovelhas de Sai pra lá, definitivamente, entram para o nosso seleto rebanho onde estão Ofélia, Maria e as Outras. Ana Terra teve sua curiosidade premiada com este livro, um marco na sua produção literária. Mas não fique pensando, caro leitor, que os Roedores de Livros também não são curiosos. Uma ovelha nos contou (méééééééé...) que a escritora e ilustradora gaúcha está trabalhando em projetos novos e interessantes. Daqui, deixo as barbas de molho e espero curioso e paciente. Hatuna Matata.

P.S. Nesta última foto, Ana Terra (à esquerda) mata a curiosidade e troca figurinhas com
Eva Furnari.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Livros e educação ambiental

Queridos amigos. A Débora Menezes do Educom Verde, blog sobre educação ambiental, nos convidou a escrever um texto resenhando livros que abordem este tema. O texto foi publicado nesta semana e vocês podem acompanhar clicando AQUI. Boa leitura a todos. That´s all, folks!!!

domingo, 15 de junho de 2008

Meninos do Mangue na Ceilândia

Para começar a falar sobre o que aconteceu no projeto Roedores de Livros no sábado, 07 de junho, preciso viajar no tempo em uma semana para fazer um link entre a Ceilândia e o Rio de Janeiro. No final da tarde do último dia de maio, estávamos encerrando nossa participação no 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens e não havíamos escolhido o exemplar que daríamos ao Daniel, até que tivemos a idéia de presenteá-lo com Meninos do Mangue de Roger Mello. Daniel integrou o projeto em 2007 mas por causa da idade achamos que ele estaria muito a frente dos outros neste ano. Ele insistiu em ficar e nós o convidamos a assumir uma espécie de monitoria da turma. Resolvemos que ele ajudaria na organização, no contato com as crianças durante a semana, no controle dos livros emprestados e outras mumunhas. Voluntário, assim como nós, Daniel receberia como incentivo, um livro por mês, presente da equipe dos Roedores de Livros. Ao encontrarmos Roger Mello naquele fim de tarde no Salão do Livro, contamos sobre o nosso monitor e pedimos a ele para escrever uma dedicatória para o Daniel. Roger se emocionou com a história e nos pediu para registrar a entrega do presente. Pronto! Contada a introdução, viajamos no espaço e no tempo, mais uma vez e retornamos para a Ceilândia.
Encerrava-se a semana do meio-ambiente e levamos alguns livros sobre o tema para a mediação. Daniel pediu para ler A árvore generosa, livro que ele conhecera na semana anterior e que gostara muito. Todos foram se chegando e se envolvendo com a belíssima história.
As ilustrações de Shel Silverstein falavam tão alto quanto seu texto. As crianças gostaram muito.
Depois, Jardson leu A Última Flor Amarela, de Caulus e os olhares percorriam o livro em busca das ilustrações que sumiam à medida em que o personagem ia destruindo as flores.
Por fim, a surpresa que deixou Daniel sem graça. Não sabia como agradecer e ficou surpreso e feliz ao ver a dedicatória que Roger Mello escreveu para ele. Na foto acima, o registro do momento da entrega. O Célio - na foto, ao lado do Daniel - fez as honras e recebeu toda a emoção daquela hora. Agradecemos ao Roger, sempre simpático e solícito, pela atenção. O projeto segue em frente. Além de livros, voluntários e crianças - mais do que tudo - o amor é o grande motor que une crianças e livros nas manhãs de sábado na Ceilândia, entorno de Brasília. Hatuna Matata.

O livro é fruto de muito trabalho.

Outro grande momento do 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens foi a apresentação de Marilda Castanha e Nelson Cruz. O Casal de escritores e ilustradores foi além da palavra (bate papo) ou da imagem (ilustração ao vivo) e deu uma aula sobre o processo de produção de seus livros - em particular, os livros da coleção Histórias para Contar Histórias. Os dois, levaram os originais dos estudos de composição das páginas, os primeiros desenhos, o trabalho final e todos pudemos comparar com o produto final (o livro). Para quem pensa que ilustrar para livro é moleza, pura brincadeira, o casal mostrou que, sim, é uma brincadeira, mas que exige muito trabalho, pesquisa, talento e criatividade. A seguir, alguns registros deste encontro memorável. Clique nas imagens para ampliá-las.
Marilda Castanha apresenta mais uma prancheta de estudos, enquanto Nelson Cruz mostra o resultado final no livro. Neste caso, o livro é Agbalá, um lugar continente e o desenho descreve o desconforto, a forma desumana com que os escravos eram transportados nos navios negreiros. Em sua pesquisa, Marilda encontrou uma ilustração minúscula (acima, à esquerda da prancheta) que ampliou para fazer a sua visão a partir daquela idéia. No resultado final, o mar não é verde ou azul. A percepção da ilustradora deu cores de sangue ao mar que transporta os escravos. Genial.
A foto acima mostra o início do processo de criação. À esquerda da prancheta (que Nelson apresenta ao público enquanto Marilda explica o seu trabalho) um estudo para a composição das páginas e, ao lado, os rascunhos para as primeiras idéias para os desenhos.
Agora, Nelson Cruz fala sobre o livro Chica e João. Ele pesquisou em pinturas antigas (Marilda Castanha segura fotocópia de uma aquarela de Rugendas retratando o Arraial do Tijuco - que viria a se transformar em Diamantina), livros de história, além de fotografar a cidade na época da pesquisa, para seus estudos de imagens.
Acima, o artista apresenta o original da sua ilustração retratando o Arraial do Tijuco e como ficou o resultado do uso do desenho no livro.
Depois de muito papo, o casal colocou seus originais na mesa, à disposição da curiosidade dos presentes. Acima, estudos e produtos finais do trabalho de Marilda Castanha. Abaixo, a lápis, o início do desenho que resultou na belíssima imagem em cores. Os dois, assim, lado a lado, dão a dimensão da distância percorrida pelo artista para chegar ao ponto desejado.
Para os que não leram nosso relato sobre o encontro com Marilda Castanha e Nelson Cruz no Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás e queiram compartilhar aquele momento, é só clicar aqui.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Literatura Infantil nas bancas de revistas.

Queridos amigos, nos últimos 15 dias, três publicações refrescaram o desejo dos amantes da Literatura Infantil e Juvenil de encontrar fora do meio acadêmico e literário - tão especializado e distante do público comum - reportagens sobre o tema. Todas encontram-se nas boas bancas de revistas. É só dar um pulinho para fora de casa, desembolsar uns poucos reais e trocar figurinhas com Ruth Rocha, Nelly Novaes Coelho, Ilan Brenman, Odilon Moraes e Fabrício Carpinejar entre outros.
A edição especial da revista Discutindo Literatura (Escala Educacional), destaca o gênero infanto-juvenil numa edição primorosa que aborda desde um pequeno histórico da sua evolução, passando por idéias para cultivar leitores, a importância dos clássicos da literatura e dos contos de fadas, da contação de histórias na formação do leitor (êba!!!), o aumento de livros sobre a cultura negra e indígena, o envolvimento entra arte e literatura e outros assuntos. Clique na imagem acima para ler o índice. Estou certo que vai te motivar a procurar a revista nas bancas. Assim como o especial Projetos de Leitura da revista Nova Escola, o exmplar acima é um prato cheio. Estão lá Bartolomeu Campos de Queirós, Heloísa Prieto, Daniel Munduruku, Rui de Oliveira, Anna Claudia Ramos... Tanta gente boa reunida em 66 páginas recheadas com assuntos relevantes sobre a Literatura Infantil.
Outro lançamento que surpreende é a revista Língua Portuguesa (editora Segmento) que destaca na capa uma entrevista com Ruth Rocha tocando num tema delicado: a coragem para romper velhos padrões da escrita para crianças. A entrevista ganha cinco páginas nesta edição e a autora de clássicos como Marcelo, Marmelo, Martelo fala do seu processo de criação, os problemas que encontra em muitos livros infantis, a febre em publicar livros sbre "bons costumes", fala sobre a literatura infantil nos tempos da ditadura e por fim, responde de forma suscinta ao repórter sobre qual dica daria aos pais para que possam identificar um bom livro infantil: "Escolheria os clássicos. É o melhor critério". A revista ainda apresenta duas páginas sobre o bom livro infantil. Adriana Falcão, Odilon Moraes, Cárcamo, Tatiana Belinky, Ilan Brenman e Ivan Zigg falam sobre as virtudes e pecados que envolvem a produção literária para crianças e jovens.
Por fim, depois de uma semana de espera, chegou ontem à banca próxima da minha casa a edição de junho da revista Crescer (Globo) em que destaca na capa e relação do que considera os 30 melhores livros infantis do ano. São 12 páginas que, além dos livros, apresentam um belo projeto gráfico e quadros com curiosidades, dicas e entrevistas com personalidades do mundo do livro. A escolha foi baseada nos votos de 38 jurados escolhidos entre integrantes da FNLIJ, de projetos de leitura, educadores e demais especialistas em literatura infantil. A lista surpreende com a inclusão de alguns livros ótimos, porém menos badalados, como Não Vou Dormir (Christiane Gribel, com ilustrações de Orlando, Global), Morcego Bobo (Jeanne Willis, ilustrações de Tony Ross, Martins Fontes), Toda Criança Gosta (Bia Hetzel, ilustrações de Mariana Massarani, Manati) e O Rei Maluco e a Rainha Mais Ainda (Fernanda Lopes de Almeida, ilustrações de Luiz Maia, Ática). Surpreende também pela presença de alguns livros que, a meu ver, não deveriam constar nem na lista dos 60 melhores. No final, o trabalho de Cristiane Rogério e Marina Vidigal cumpre o seu papel: antes de premiar o melhor livro (a revista acertadamente opta pelo plural), a revista premia seus leitores - e eu me incluo neste rol - com uma reportagem ampla que, antes de tudo, estimula um passeio à livraria para conhecer as indicações. E isso já vale por todo o trabalho.
Mas a revista Crescer de junho oferece outras delícias para quem gosta de literatura para crianças. Além de uma página escrita por Tamara Foresti dedicada a decifrar os números da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, chamo a atenção para a coluna de Fabrício Carpinejar, chamada Primeiras Intenções, publicana na página 76 com o título de Era uma vez outra vez. É o melhor da edição de junho. Carpinejar descreve, de forma a arrepiar o leitor, a relação de seu filho com a literatura. No meio disso, um encontro inusitado com Os Problemas da Família Gorgonzola, de Eva Furnari. Imperdível!!! Clicando acima, você pode ler a inrodução do texto. Espero que você tome coragem, desligue o computador e vá até a banca mais próxima comprar a revista. Vale a pena. Hatuna Matata!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O Segredo de Ivan Zigg

Que Ivan Zigg é um ilustrador-escritor talentoso, criativo e premiado todo mundo sabe. Mas este carioca flamenguista guarda segredos que a gente só descobre no dia-a-dia com ele. Por exemplo: apesar de toda a desenvoltura quando conta histórias ou canta suas músicas em cena, o homem é de uma timidez impressionante. Timidez que vai embora quando ele desenha. Aí, ele fala pelos cotovelos, pincéis e tintas. Passeando pela cidade do Rio de Janeiro ao lado deste “grande” ilustrador – afinal são mais de 1,80m de altura (sem os cabelos) – vimos pais e filhos parando-o na rua para confessar que gostaram do livro “tal” ou assistiram a performance “xix”. Meio sem graça, ele abre um sorriso, despeja um balde de simpatia sobre os fãs e aproveita para falar sobre o disco que já está pronto, cheio de músicas ótimas para as crianças, esperando só uma gravadora... ops, revelei mais um segredo!!!

Como qualquer criança ou adulto, Ivan Zigg também guarda segredos que nem mesmo os mais íntimos conhecem. Mas há um, em especial, que se tornou público. E se você quiser saber qual é, convido-o a conhecer seu novo livro publicado pela Rocco. O título não poderia ser diferente: Segredo.

O que é um segredo? Zigg explica usando de muita sensibilidade, frases curtas e ilustrações com a marca da sua originalidade. Oferece ao leitor uma viagem pelos labirintos onde o danado se esconde. Cada página serve como alimento para a nossa curiosidade que se sacia na última ao descobrir o segredo. O dono deste tal segredo é baixinho, misterioso e desconfiado. Mas pode ser o leitor. E este é outro grande trunfo do livro, pois o segredo faz parte do universo de todos nós, sejamos crianças ou adultos. E isso não é segredo nenhum.
Há tempos que os Roedores de Livros promovem a idéia de que livro infantil não é só para criança. E não somos os únicos a pensar assim – é claro! O Segredo de Ivan Zigg pode ser um belo presente para seu filho(a), sobrinho(a) ou outra criança a quem você dedique seu afeto. Mas pode ser também um presente surpreendente para o seu companheiro, namorado, marido, namorido... enfim. Pode servir tanto para declarar sua paixão reprimida quanto para apimentar o dia dos namorados com uma idéia original e encantadora. Presente para qualquer dia desde que seja um dia para celebrar uma relação entre pais e filhos ou entre um casal. O Segredo faz sucesso por aqui. Já passou por muitas mãos curiosas. Arrancou sorrisos da Júlia, brincadeiras do Tino e “ooooohhhhhh” de muitas amigas e amigos a quem – travestida de fofoqueira – mostrei o Segredo.
Espero que Ivan Zigg não saia por aí espalhando outros segredos como o seu medo de montanha russa, sua paixão por motos, seu pavor em ver sangue e a sua veia jornalística pulsante na adolescência quando, no colégio, escrevia à mão e distribuía entre os alunos um jornal onde o que não faltavam eram segredos dos outros. Por fim, vou contar um segredo que Ivan não sabe: nós adoramos as esfihas do Largo do Machado. Queremos mais, mais e mais!!! Hatuna Matata!

PS1. Ivan Zigg lança Segredo no próximo domingo, 15 de junho, na Livraria da Travessa no Leblon, Rio de Janeiro. Clique na imagem acima para uma melhor leitura do convite.

PS2. Primeira imagem: Ivan Zigg – Segunda imagem: Capa do livro Segredo – Terceira imagem: Uma ilustração do livro – Quarta imagem: Eu “vestida” de Ivan Zigg – Quinta imagem: o convite para o lançamento do livro no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Da Terra do Nunca ao Sítio do Pica-Pau de foguete!!!

Uma das coisas mais agradáveis da vida é fazer amigos. A gente sempre se diverte, divide dores e amores, ensina e aprende muito, não é mesmo?! As afinidades literárias têm nos presenteado alguns amigos com quem convivo no dia a dia seja em Brasília, pela internet ou em encontros casuais em eventos literários. Cito aqui a Lígia Pin e a Fátima Campilho, professoras, roedoras de livros que estimo muito. No final de maio, o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens me presenteou com o convívio com a Elaine Pasquali. A moça veio de Caxias do Sul (RS) para conhecer o Salão e, através do André Neves, nos conhecemos e nos enturmamos.

Antes de qualquer coisa, Elaine gosta de livros. Também conta histórias para crianças. Com a literatura a nosso favor, passeamos pelos stands das editoras trocando figurinhas o tempo todo:

- Você conhece este livro? Dá uma olha da. É demais!

- Bahh, mas este aqui é ótimo também!

Estes passeios fizeram um mal às nossas economias pois um acabava comprando uma indicação do outro mas, afinal, estávamos numa feira de livros.

Certo dia ela voltou do stand da Girafinha com os olhos brilhando. Tinha descoberto o argentino Pablo Bernasconi. Havia ADORADO O Diário do Capitão Arsênio (que eu achei bonitinho) e simpatizado com O Mago, O Horrível e o Livro de Feitiçaria (para mim, um dos melhores do ano passado... ADORO, ADORO!!!). Apesar destes pequenos e saudáveis desencontros de opinões, eu adorei quando ela me disse com um sotaque gaúcho, tchê: - Tu ainda não compraste o Excessos e Exageros? Bahh, é a tua cara!

Fiquei curioso. No dia seguinte, ela voltou para Caxias do Sul e eu continuei no Salão. Não resisti e convidei o novo livro do Bernasconi para retornar comigo e Ana Paula a Brasília. Ele topou. Minha curiosidade era tanta que desbravei Excessos e Exageros a 11 mil Km de altura, no vôo de volta pra casa.

Os livros de Pablo Bernasconi oferecem ao leitor um humor inteligente que habita tanto em seu texto quanto nas ilustrações. É impossível não se render a tamanha criatividade. Não foi diferente com estes “relatos ilustrados”. No livro, 24 mini-contos que “conversam” com as ilustrações como se estivéssemos assistindo a um improvável filme de Woody Allen para crianças. Situações inesperadas e finais surpreendentes. É claro que tenho as minhas preferências. Por exemplo, o personagem Chico Buzina, de Efeito Dominó, representa aquelas crianças hiperativas que quando chegam para uma visita deixam os anfitriões de cabelo em pé. Feroz tira a pulga atrás da orelha: quem é o animal, o bicho ou o homem? Vice-versa é uma pegadinha visual. Deliciosa! Há ainda Fisiculturíssimo, Somático e o simples não-menos-belo Mascote.

Os desenhos de Pablo Bernasconi garantem uma viagem confortável ao mundo da fantasia usando um meio de transporte tão original quanto ir da Terra do Nunca ao Sítio do Pica-Pau Amarelo de foguete. Uma aventura para os olhos. Ele usa muito bem dos recursos do mundo digital para dar asas, cores, formas e botões à sua fértil imaginação. É de impressionar. A cada vez que pego seus livros para uma releitura descubro novos detalhes.

Assim que terminei a leitura a bordo, o avião começou a descer no aeroporto Juscelino Kubitschek. Vim do Rio de Janeiro até Brasília nas asas da fantasia de Excessos e Exageros. Valeu a dica, Elaine. Espero que você também tenha viajado nas páginas que indiquei. Por fim, aos que ainda não conhecem as peripécias fantásticas das aventuras de Pablo Bernasconi recomendo que procurem na livraria mais próxima, ou aqui mesmo, na internet, apertem os cintos e... boa viagem!!!

P.S.1 - Elaine Pasquali está com seu primeiro livro no forno. Chama-se Formigas e será publicado pela Paulus. Detalhe: com ilustrações e projeto gráfico de André Neves.


P.S.2 - Na primeira foto. Elaine Pasquali, eu e Daniela Magnabosco.

P.S.3 - Desafio... quantos bichos têm na casa da terceira imagem?

São Jorge, por favor, me empreste o dragão!!!

Um vírus passou por aqui e deixou o computador com uma gripe daquelas. Levamos a "criança" para uns dias no hospital. Depois da consulta, o médico recomendou um backup, uma formatação e um novo HD (Ufa!!!). Para espantar outros possíveis seres invisíveis, apresento a todos o novo integrante da galeria dos Roedores de Livros: um jovem, veloz e espinhento dragão, treinador de patinação, presente da querida Ana Terra. É com muita honra e alegria que a nossa galeria, que conta com originais de Eva Furnari, André Neves, Biry Sarkis, Laura Castilhos, entre outros, recebe as cores e o talento desta gauchinha escritora, ilustradora e grande contadora de histórias, que nos surpreendeu com seu livro mais recente (Sai pra lá! - que a gente resenha em breve). Agradecemos o carinho e esperamos que todos gostem do presente. That's all, folks!

P.S. Clique na imagem para apreciá-la num tamanho maior.