quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Pinheirinho dos Roedores de Livros

Sumiram... desapareceram... escafederam-se... as fotos da manhã do sábado 30 de agosto não está em nossos arquivos. Se perdeu. E foi um dia tão significativo. A Feira do Livro de Brasília começava suas atividades no shopping Pátio Brasil no coração de Brasília enquanto nós seguíamos as atividades dos Roedores de Livros a cerca de 30 Km de lá. O Célio apareceu para uma visita surpresa: por causa da Feira ele só iria trabalhar à tarde. As crianças abriram um sorriso largo para nosso roedor que andava meio sumido. Mas essa foi só uma das boas histórias daquela manhã. Há algumas semanas Eu, Edna e Tino trabalhamos com os autores clássicos e a principal história da semana passada (O Patinho Feio) foi escolhida pelas crianças. Resolvemos levar outros livros com histórias de Andersen e o Samuel, novo na nossa "toca", lembrou que ele fora o autor lido na semana passada. O livro escolhido por todos nesta semana foi o ótimo Histórias do Cisne e a história escolhida foi O Pinheirinho. A mediação foi ótima e rendeu uma conversa com a turma sobre as nossas escolhas. Na história de Andersen, um pinheirinho quer logo se tornar grande e seguir o destino incerto dos seus pares mais velhos, levados pelos homens a cada prenúncio do outono. Preocupado em se tornar um grande e belo pinheiro, a árvore não aproveita sua infância e juventude e acaba tendo uma única noite especial na véspera de natal quando, entre outras coisas, ouve e aprende a única história que ouviu na vida: a do Kumpla Dumpa. Depois, fica esquecido no sótão, contanto a tal história para os ratos e lembrando de quanto menosprezou os dias maravilhosos do passado.
Coincidentemente, ali no tapete vermelho, sobre uma grama rala, nós, Roedores de Livros, contamos histórias à sombra de um belo pinheiro. Este já ouviu muitas histórias e, pacientemente, segue por todas as estações nos oferecendo o seu carinho e atenção. Não quer saber de conhecer outras paragens. Quem sabe até conta as histórias aprendidas na semana para outros animais. Mas isso nós ainda não presenciamos. Nossos meninos também aproveitam sua infância e saltam e gritam e correm nas gramas da fantasia a cada manhã de sábado. Talvez, sem a oportunidade de ouvir histórias e conhecer novos livros a cada semana, estivessem pensando em se tornar adultos antes do tempo. E nós, os "adultos", recordamos nossos dias passados e fazemos do presente, através das histórias de Andersen, Perrault, Grimm, Furnari, Azevedo, Belinky e tantos outros mestres, dias mais fantásticos. Hatuna Matata.
As fotos sumiram, mas nos deu a oportunidade de brincar com a fotomontagem acima, feita com ilustrações de Chris Riddell pescadas do livro Histórias do Cisne.

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