domingo, 18 de março de 2012

Trailer QUEM SE IMPORTA

Compartilhando o trailer de um filme sobre gente que ajuda a fazer a diferença no mundo ao seu redor.

Trailer QUEM SE IMPORTA from Mamo Filmes on Vimeo.



Copiado do original, postado no Vimeo: "QUEM SE IMPORTA é um documentário longa metragem sobre empreendedores sociais no Brasil e ao redor do mundo. Pessoas brilhantes, que criaram, cada qual, uma organização inovadora capaz de não só mudar a sociedade ao seu redor, mas também causar impacto social suficiente para que estas idéias possam virar políticas públicas aplicadas em várias partes do mundo. Um filme que, através de cada um de seus personagens, vasculha o mundo atrás de pessoas magníficas que oferecem simples soluções para as mais graves questões que nos afetam profundamente".

sexta-feira, 16 de março de 2012

Três Marias e as portas abertas

A pequena Maria Júlia e sua mãe, Juliana Maria, já estavam à porta da Bibliotoca quando eu e Ana Paula desembarcamos por lá as 9h da manhã do último sábado, 10 de março. Em maio de 2006 era só a Juliana Maria quem nos acompanhava no primeiro dia do Roedores de Livros. Depois de uma pausa para "upgrade" agora ela nos visita com a Maria Júlia "Espoleta".

E foi na companhia das duas que a gente deu início às atividades do projeto em 2012. Enquanto as crianças iam descobrindo as portas abertas, Ana Paula comandava a faxina. Mais ela do que eu, organizávamos o espaço: uma caixa cheia de livros pra lá, outra pra cá, um tapete esticado bem ali, a poeira daqui finalmente encontrando a lixeira... enfim, preparamos o espaço e o espírito para mais um ano repleto de histórias.

Vez em quando dava para esticar as costas, o pescoço e o olhar para ver as Marias recebendo a criançada sobre nosso tapete vermelho. Aí foi que se deu o clique acima. Juliana Maria, envolvendo a turma na leitura do Maria vai com as outras (Silvia Orthof, Ática), enquanto a Maria Júlia resolveu que iria aonde desejasse seu pé. Três Marias dando o pontapé inicial.

Amanhã tem mais. Sejam bem-vindas, as Marias. Sejam bem-vindos, os Josés. Sejam bem-vindos, todos!!! Esperamos vocês de portas abertas!!! Hakuna Matata!!!

domingo, 11 de março de 2012

Difícil é manter o segredo guardado...

Um dos encontros mais bacanas que eu vi, no Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil do ano passado, aconteceu fora da "programação oficial". Eu passeava pelos corredores quando vi os queridos e talentoso Leo Cunha e Salmo Dansa reunidos com a Irmã Maria Alexandre de Oliveira, no stand da editora Paulinas. Em torno deles, repousando ali na mesa, originais absurdamente belos de Salmo Dansa, que, na hora, fisgaram o meu olhar curioso de menino.

Na conversa descontraída, fechavam os acertos finais sobre a publicação do livro NUM MUNDO PERFEITO. Como diriam muitos, o livro foi criado "às avessas", pois o texto veio depois que Leo Cunha, em 2009, se desmanchou em poesia ao ver as pranchas do Salmo - feitas originalmente para um projeto que desandou (ainda bem).

Naquele tempo (junho de 2011) não se falava de cinema (para quem ainda não sabe, é outra das paixões do Leo Cunha), Oscar, Hugo Cabret, Georges Méliès, mas lembro que a nossa conversa (sim, eu já estava ali mergulhado nas pranchas e na conversa do grupo) passeou pelas referências claras aos trabalhos do artista francês (no Viagem à Lua) e de Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe) nas ilustrações em preto e branco de Salmo.

Na excitação do momento, o jornalista que habita em mim falou mais alto. Saquei a câmera e pedi autorização para o clique acima, prometendo o mais difícil: só falaria do encontro e apresentaria a foto quando o livro fosse publicado. Antes tudo seria um segredo guardado a quatro chaves.

Ontem, Leo Cunha publicou a imagem da capa do livro, convidando a todos para o lançamento no Salão FNLIJ de 2012, em 28 de abril próximo. Ufa!!! Consegui cumprir a promessa.
Agora só preciso administrar os outros cento e sete segredos acercada Literatura Infantil e Juvenil que ora pesco com o olhar curioso, ora chegam por aqui sem avisar. Mas fiquem tranquilos. Só conto com a devida autorização!!! Hakuna Matata!!!

P.S. Não posso adiantar nada sobre o texto, pois não li o livro ainda. Esse post é mais para falar sobre o inusitado da criação, da beleza e da energia em torno do livro, tão latentes naquele encontro. Mas se eu fosse vocês, já reservava um exemplar para o próximo passeio à livraria pois - além das ilustras geniais do Salmo - a Paulinas tem caprichado em seus projetos gráficos e o Leo anda afiado com suas escrivinhaturas (vide os mais recentes Castelos, Princesas e Babás (Dimensão) e Ninguém me Entende Nessa Casa (FTD)).

quarta-feira, 7 de março de 2012

Roedores de Livros - Ano VII

Esse foi o último registro do Roedores de Livros em 2011. Era o mês de dezembro e a casa estava do jeito que a gente gosta: cheia de crianças. Fechamos o ciclo de seis anos de atividades. Pois bem, colocamos a bateria da máquina fotográfica para carregar e escolhemos os livros para a primeira mediação de leitura. Embora ainda faltem dois dias para o reencontro, os tambores já rufam aqui em casa. É que no sábado que vem, retomamos as atividades do projeto. Um novo ciclo, novas histórias, novos desafios e, é claro, novas alegrias. Viva a leitura!!! Hatuna Matata!!!

terça-feira, 6 de março de 2012

Para quem gosta de mergulhar na história...

Quando eu era pequeno morei às margens dos rios Parnaíba e São Francisco. Morria de medo daquelas águas. Papai e mamãe iam sempre ali nos finais de semana, com os amigos e seus filhos que pescavam e brincavam. Eu, no máximo, banhava os pés e sentava o bumbum num plano seguro. Lembro que vez em quando meus pais conduziam-me pela superfície do rio montado numa bóia de câmara de ar de pneu. O coração batia forte, mas eu estava seguro nos braços do papai ou da mamãe. Mas faltava a coragem para mergulhar sozinho. Mas aos poucos, com a ajuda deles dava um ou outro mergulho, ficava um tempo sob a água prendendo a respiração e sentindo a água me abraçando por inteiro. E foi assim que o medo foi embora e fiquei mais e mais amigo do Parnaíba e do São Francisco.

Mas você, querido leitor, pode estar pensando:
- Mas esse blog não é sobre livros? Cadê a literatura?
Então vamos a ela.
Acho que com literatura também é assim. A gente começa meio sem saber o que fazer, põe um pé na água fria, bóia um pouco nas primeiras leituras e descobre como é bom mesmo quando começa a mergulhar nas páginas mais e mais fundo.
Quando a gente tem a ajuda de um mediador de leitura, tudo fica mais fácil. Ele pode escolher um bom livro, nos levar por suas margens, encontrar os caminhos mais seguros, onde ainda é possível "dar pé" e, por fim, perceber quando estamos prontos a nadar sozinhos por suas páginas.

Alguns livros são assim. Vão muito, mas MUITO além da superfície. Não são rasos. Apenas parecem rasos. Assim é QUERO MEU CHAPÉU DE VOLTA, do canadense JON KLASSEN, traduzido por Mônica Stahel e publicado pela WMF Martins Fontes. Repleto de frases curtas, diretas, que dialogam de forma absurdamente rica com as belíssimas ilustrações, o livro conta a história de um urso educado e extremamente gentil em busca do seu chapéu perdido. Não posso dizer mais. Mergulhem sem medo. Banhem-se nessa que, para mim, foi uma das melhores leituras do ano. Para crianças de todas as idades. Hakuna Matata!!!