quinta-feira, 21 de julho de 2011
Roedores de Livros - Festa dos 5 anos!!!
Enquanto Ana Paula, Edna, Clara e Celio preparavam o ambiente (pois tudo era surpresa para as crianças - e assim foi) eu fazia a mediação com os maravilhosos livros Os Sete Camundongos Cegos (Ed Young, WMF) e A Grande Fábrica de Palavras (Agnes de Lestrade, il. Valeria Docampo, Aletria).
Tudo pronto, chamamos todo mundo para a entrada da toca para inaugurarmos a placa que apresenta o nosso espaço: a BIBLIOTOCA. Criada por Ivan Zigg, a ilustração fala por si: um ratinho bem à vontade, envolto de forma aconchegante por um livro. Fez - e faz - o maior sucesso. Valeu, Ivan, muito obrigado!!!
A festa seguiu com a apresentação da nova sacola dos Roedores de Livros - presente para cada criança junto com o direito aos empréstimos dos livros da nossa Bibliotoca (falaremos sobre isso em breve).
Pausa para o lanche. Um super-hiper-mega-bolo feito lá em casa que arregalou os olhos e o apetite de todos (não só das crianças). A foto acima é de uma sinceridade absoluta! Tava bão demais, gente!!!
Por fim, o registro do fim desse dia tão especial, com a visita ilustre da Juliana Maria (com a pequena Maria Julia) e da Andrea Bernardes, integrantes da primeira formação do Roedores de Livros, em maio de 2006. Mais um dia rico em histórias!!! Hatuna Matata!!!
Criando monstros.
Para abrir a mediação - e descontrair a turma - Ana Paula escolheu É uma rã? (Guido Van Gnetchen, Gaudí), um livro-transformers, como eu costumo dizer. A garotada foi entrando na brincadeira-adivinha e a gente se divertiu pacas. Ah, não posso esquecer que recebemos a visita de uma amiga até então virtual: a Keyla (de camisa branca no cantinho da foto acima), que foi conhecer nosso projeto.
A proposta do dia era dar uma sacudida na cuca da garotada apresentando livros repletos de invencionices bem incomuns. Novos seres eram criados com a força da palavra - como no caso do Zoonário (Antonio Barreto, il. Ana Raquel, Mercuryo Jovem) ou com a ajuda de um projeto gráfico diferente, como no caso do Super-herói ou Supervilão (Pablo Bernasconi, Girafinha).
Para encerrar as atividades, propomos aquela brincadeira de dobrar o papel em três parte e cada um desenha uma parte (cabeça, tronco e braços, pernas). Saiu cada coisa. Uma mistura divertida. Hatuna Matata!!!
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Um pouquinho do Japão na toca dos Roedores.
Estávamos todos, há dias, ouvindo notícias sobre o Japão, devido ao trágico terremoto de março passado. Essa exposição do país oriental deixou as crianças mais curiosas pelas histórias e nosso dia foi bem intenso. Ao final, Ana Paula convidou a turma a fazer origamis. Saímos dali ainda mais solidários com o povo japonês. Hatuna Matata!!!
terça-feira, 7 de junho de 2011
Abraços, sorrisos e discurso. O Prêmio da FNLIJ!!!
Foi um encontro inesquecível. Primeiro por reencontrar tantos amigos queridos e vê-los felizes com nossa conquista. Mas algumas coincidências não podemos deixar de ressaltar. Ana recebeu o prêmio das mãos da escritora Anna Claudia Ramos, uma das primeiras amigas nesse mundão de livros. Lembro ainda hoje de voltar do Rio com uma caixa de livros doados por ela e que hoje estão na Bibliotoca. Agora, ela nos entregou outra caixa, simbólica, com alguns livros (a FNLIJ enviará 500 livros para nossa toca). Na foto, Ana Paula e Anna Claudia Ramos. Ao fundo Gisela Zincone e Isis Valéria, da Diretoria da FNLIJ.
Outra coisa boa foi confraternizar com as meninas da Barca dos Livros, outro projeto incrível, que acontece em Florianópolis e que Ana Paula já teve o prazer de conhecer e que vou descobrir seus encantos no final desse mês. Mas outros tantos queridos estavam por lá. Bia Hetzel, uma das grandes parceiras do Roedores de Livros, foi o anjo da guarda que ajudou a manter a Ana Paula mais tranquila para o grande momento, com direito a discurso sob o olhar atento de Elisabeth Serra e Ana Maria Machado (foto acima, em pé e sentada, respectivamente).
Para quem ainda não sabe, tem uma história do Ziraldo no início da história dos Roedores. Encontrá-lo por lá também foi uma forma de relembrar dos primeiros passos. Agora, o que ninguém me contou foi o que um soprou pro outro ali, na hora, e que despertou tantos sorrisos.
Por fim, madrugada de terça, de volta pra casa, abrimos juntos a caixa simbólica com 25 livros doados pela FNLIJ. Pessoal, só coisa boa. Agora é emoldurar o certificado, colocar na parede, esperar a chegada do acervo, arregaçar as mangas e seguir em frente. Hatuna Matata!!!
sábado, 4 de junho de 2011
FNLIJ elege o ROEDORES DE LIVROS como O MELHOR PROJETO DE INCENTIVO À LEITURA DO BRASIL EM 2011.
O concurso, promovido pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), representante do IBBY (International Board on Books for Young People) no Brasil, traz ao nosso projeto um importante reconhecimento e nos dá mais certeza que estamos trilhando um caminho certo, além de mais confiança para vencer os desafios que aparecem a cada semana.
O prêmio será entregue na próxima segunda em evento solene da FNLIJ na solenidade de abertura do 13º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Depois a gente posta a cobertura do evento.
Ah, e tem ainda a MELHOR NOTÍCIA: como prêmio, a FNLIJ nos oferece um acervo de 500 LIVROS para nossa biblioteca!!! PENSE na felicidade!!! Só livro bom!!! Nossas crianças agradecem!!!
Obrigado a todos pelo apoio de sempre.
Abraços de todos os Roedores de Livros.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Sentir-se à vontade...
Enquanto eu e Ana Paula nos revezávamos nas leituras, Edna e Marcela (nossa colaboradora eventual) seguiam no cadastro dos livros. Carimbar, numerar, registrar e disponibilizar. São esses os verbos em nossa Bibliotoca.
Como em cada semana, há sempre um momento em que as crianças escolhem livros para uma leitura ali mesmo. A foto acima registra a turma em plena ação. Os que não sabem ler ainda experimentam, degustam os livros; outros leitores arriscam alguns livros mais extensos que o habitual; outros pegam papel e giz de cera e vão desenhar. Acontece de tudo. Deixamos todos bem à vontade.
É esse sertir-se à vontade que faz toda a diferença. Ainda encontramos em algumas livrarias e em algumas escolas um certo cuidado em deixar os livros ao alcance das crianças. Ali, no Roedores de Livros, os livros estão ao alcance do desejo. E isso é tudo o que as crianças mais querem. E nós também. Hatuna Matata!!!
domingo, 29 de maio de 2011
Combinados dos Roedores de Livros...
A conversa seguiu então para a criação conjunta das regras da Bibliotoca, ou, como preferimos chamar: os COMBINADOS. Juntos, adultos e crianças fomos pensando cada ítem e chegamos a um conjunto de 15 ítens.
A partir daí, convidamos as crianças para escreverem os acordos numa cartolina. Cada criança fez também dois desenhos que serviram como "assinatura" e que emolduraram nosso cartaz. Esse tipo de ação promove a gestão coletiva fazendo com que as crianças se sintam ainda mais pertencentes ao espaço, aumentando o diálogo, o respeito. Enfim, encurtando as "distâncias".
Aquele cartaz está na nossa sala de leitura e tem ajudado bastante cada vez que alguém "esquece" e transforma a almofada em "passarinho", por exemplo. Depois, escrevemos os Combinados noutra cartolina, emolduramos com outros desenhos das crianças e expusemos na entrada d projeto, para que nossas visitas também conheçam os acordos da casa.
Para conhecer nossos combinados, clique sobre a imagem acima. E se desejar, comente esse post com os combinados que você gostaria de ver numa bibliotoca como a nossa. Hatuna Matata!!!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Reinações na Biblioteca
A primeira leitura foi do livro O Cavaleiro e o Dragão (Tomie de Paola, Editora Moderna) e a segunda foi a história Deu Rato na Biblioteca (Célia Madureira e Raquel Gonçalves, il. José Regino, Franco Editora). Essa última algumas crianças já conheciam pois as autoras visitaram muitas escolas do Distrito Federal apresentando o livro e seus personagens (Racumim e Racutia) numa versão teatral de muito sucesso por aqui.
Em seguida fui perguntar quem conhecia algumas histórias de Andersen. Claro que eles conheciam, muitos a partir de filmes e desenhos animados. Munido de alguns livros com histórias do escritor dinamarquês, falei da sua importancia, do tempoem que ele escreveu aquelas histórias e escolhi uma menos conhecida ( ) que pesquei do livro Contos de Andersen, escolhidos e ilustrados por Lisbeth Zwerger, numa edição primorosa da Martins Fontes. Todos atentos esperando pelo desfecho. Como é mágico o desenrolar de uma boa história.
Por fim, ao final da mediação, descobri meu querido Pai, às vésperas dos 70 anos, feito menino, entretido no meio das histórias das Reinações de José Mindlin (José Mindlin, Ática). :) Em nossa biblioteca também acontecem encontros inesquecíveis a cada semana. Esse foi mais um deles. Nada mais a dizer a não ser: Hatuna Matata!!!
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Jura, jurado, juradinho?
Cada dia no projeto Roedores de Livros é único.
Podemos até imaginar como será o dia, construir o enredo. Mas são as crianças que põe as vírgulas, as reticências, as exclamações e um ponto final a cada encontro. E assim foi naquela manhã de sábado, 26 de março, quando os demais roedores necessitaram levar nossas ações a outros Estados, e ficamos eu e Célio para tocarmos o projeto.
Antes de chegarmos à toca dos Roedores, onde nosso projeto acontece, resolvemos tomar um café na praça da feira e o encontro começou ali mesmo, quando se aproximaram os irmãos Israel, Isabela e Isaac com dois novos convidados.
Já na toca, aos poucos, as crianças foram chegando. Vitória, Victor, Erik, Lucas, Amanda, Isabela, Isaac, Israel, Jonatas, Arthur, Cauan, Pedro Henrique, Josielen, Jonathan, Maykon, Débora, Ruth, Rebeca, Henrique, Natália e Daniel somaram-se ao trio inicial. 21 crianças além de mim e do Célio! Um desafio e tanto para nós dois.
O som das vozes das muitas crianças nos encorajaram e aconteceu de tudo: adivinhações, desenhos, leituras solitárias e compartilhadas, visitas à biblioteca, inscrições de novas crianças, esclarecimentos junto a mães e pais, além de coisas do cotidiano que se tornam mais engenhosas quando envolvem 21 crianças e 2 adultos, como as idas ao banheiro e ao bebedouro.
Célio, bem acostumado a resolver as burocracias do projeto (sim, elas existem e são tão importantes quanto os outros afazeres), tomou a iniciativa de mediar a leitura naquela manhã. E o fez bem com o genial Mania de Explicação (Adriana Falcão, com ilustrações de Mariana Massarani, Salamandra) colocando as cucas maravilhosas das crianças para ferver em criatividade acerca das definições nada comuns para palavras como Amor, Saudade e Sucesso.
Entre uma e outra atividade, as crianças cobraram a razão dos demais roedores (Ana Paula, Clara e Tino) não estarem ali. Explicamos e dissemos que, na volta deles, teríamos novidades. Felizes, decidiram que o dia seria diferente do habitual. Foi um sábado singular na rotina do projeto.
O pequeno Israel, depois de um longo recesso, retornou com o mesmo entusiasmo do ano passado. Participou de todas as atividades.... pintou e bordou!!!! À meia boca ficou (junto coma turma) perguntando pelo lanche.... explicamos que em virtude da singularidade do dia, não teríamos o delicioso lanche. Ele deixou claro que o lanche era importante, muito importante. Dando um ponto final nas atividades daquele dia, ele me abraçou carinhosamente e disse como quem pede um brinquedo ao Papai Noel:
- Tia Edna, vc jura juradinho que no próximo sábado teremos lanche?
Ficou jurado, juradinho. Sábado que vem termos lanche e literatura. E mais Roedores de Livros!!!
terça-feira, 29 de março de 2011
Um ar tão bom de respirar...
Quando voltamos, Gabriel (na foto acima, entre Celio e Edna) já estava lá. Aos poucos foram chegando Vitor, Natalia, Vitória, mães, avós, pais e eu me enchi de esperança em um ano bom, repleto de crianças. Gabriel foi o grande pescador de meninos daquela manhã. Ao ver que tinha mais meninas que meninos, desceu as escadas e foi buscar os amigos.Quando a farra começou pra valer, já estávamos com 18 crianças na Sala de Leitura. Apertada e barulhenta, como a gente gosta. Muita gente nova. Olhos curiosos. Silêncio mesmo só quando a Ana Paula pescou o Cadê o Juízo do Menino? da estante e começou a contar as desparafuzices. Todo mundo grudado no livro. Felicidade.
Eu também fui à estante e peguei o Comilança. Com ele em mãos, fomos brincar com as onomatopeias e com as gulodices do mundo animal. Fizemos uma leitura coletiva. E nos divertimos. Muito.
Depois das leituras, liberamos a casa para os novos moradores e eles a tomaram para si. Metros quadrados de infância e literatura. Um ar tão bom de respirar. Que seja assim todas as manhãs de sábado. Hatuna Matata!!!
sexta-feira, 25 de março de 2011
Há vagas...
A proposta era pescar leitores pelo olhar. Para tanto, nos cercamos de saborosas iscas: livros pop up como A Girafa que Cacarejava, O Porco Narigudo, O Pinguim Preocupado, O Ursinho Apavorado e O Sapo Bocarrão (todos do Keith Faulkner e Jonathan Lambert, publicados pela Cia das Letras). A cada figura que "saltava do livro" um feirante espiava lá de longe, uma criança sentava no tapete e a gente seguia com a pescaria.
No meio de tanta criança que frequentou o projetono ano passado encontramos novos leitores. Então, depois das histórias ali no pátio do primeiro andar, subimos para a torre A para apresentarmos a sede para quem ainda não conhecia. Como cicerones, Ana Paula, Celio, Clara e Edna (além das visitas ilustres da Marcela, Jaqueline e meu pai, Francisco, que veio passar uns dias por essas terras).
Entre os novatos, um garoto com um entusiasmo que eu não via há muito. Quando a gente encontra uma "peça rara" dessas, percebemos que há um terreno fértil para que a literatura plante sua semente modificadora do homem. Foi unânime. Nos apaixonamos pelo garoto. E ele, nitidamente, ficou louco pelo universo que descobriu naquela manhã. Aí vem a parte incrível da história.
Quem trabalha com crianças sabe que precisa ter tudo documentado, autorização dos pais, permissão para uso da imagem, uma regra aqui, outra ali, pois é preciso muita responsabilidade. Para participar do Roedores de Livros, efetivamente, é preciso que os pais ou responsáveis preencham e assinem uma ficha. Ao saber disso, nosso garoto de ouro saltitou, pegou o panfleto de divulgação (com tudo explicado) disse - Vou Chamar a minha mãe - e desceu quatro lances de escada para convidá-la, no térreo. Queria que ela assinasse tudo ainda naquela manhã.
A partir daí, o que se sucedeu foi um embate entre a vontade de um e a preguiça do outro.
Na primeira vez, o garoto retornou com a resposta da mãe: - Ela disse que não dá porque é longe! (2 andares subindo de escada).
Depois, subiu triste, dizendo: - Ela disse que não dá porque astá ocupada!
Ana Paula enviou o formulário por ele e disse: - Entregue a ela, peça para preencher e trazer aqui os documentos na semana que vem. Diga ainda que é de graça. Esperamos você no próximo sábado, heim?
Por fim, radiante ao saber que era de graça e que ainda havia como participar, o menino desceu a escada saltitante prometendo voltar na semana seguinte.
Ainda esperamos por ele. E por novos participantes.
Há vagas.
À tarde, os marmanjos da foto acima se reuniram para o primeiro encontro na oficina proposta por Clara Etiene. Uma saborosa degustação literária que culminou com uma produção de mini-contos a partir da leitura de trechos do livro ESTORIAS MÍNIMAS, maravilhosa seleção de mini-contos de José Rezende Jr. Em breve, mais, muito mais para vocês. Hatuna Matata!!!